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Administração - Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2016

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Prefeita Maria Edna fala ao Jornal “A Mococa”

Prefeita Maria Edna fala ao Jornal “A Mococa”


Prefeita Maria Edna fala ao Jornal “A Mococa”

A prefeita Maria Edna concedeu uma entrevista ao Jornal A Mococa na última semana. A Chefe do Executivo destacou as conquistas nos últimos três anos, aos desafios do dia a dia e a importância de administrar com transparência e respeito com o dinheiro público, sempre em busca de mais crescimento e desenvolvimento do município. Confira abaixo a entrevista na integra.  1) Como encara o dia-a-dia da administração? A cada dia novos desafios para resolver, muito dos quais são antigos problemas não resolvidos, como dívidas e outros. Mas, procuramos viver o presente com o olhar no futuro, planejando a cidade para a curto, médio e longo prazo. 2)  Tem uma rotina de trabalho? Na medida do possível, logo cedo – andar pela cidade analisando os pontos fortes e fracos, visitar obras, serviços, pátio, escolas, saúde e ir ao gabinete. À tarde sigo uma agenda de compromissos e despachos. Às quartas feiras, à tarde, o gabinete é aberto à comunidade, sem necessidade de agendamento. É um trabalho que me enche de prazer com a oportunidade de estar junto da comunidade e, na medida do possível, resolver os problemas mais imediatos junto aos assessores. 3) Reúne-se com quais assessores diariamente? Diariamente com os chefes de Gabinete e Planejamento e semanalmente temos agendas de reuniões com os outros Diretores de Departamento, onde discutimos sobre as ações, projetos e traçamos as linhas de trabalho. Além de reuniões gerais, com todos os departamentos juntos.  4)  O que aprendeu na Provedoria da Santa Casa e que trouxe para a administração da Prefeitura?  Planejamento, austeridade com o dinheiro que já é curto, desenvolvimento humano e social, valorização do funcionário, humanização e acolhimento, sem distinção. 5)  Como estão as perspectivas para 2016? O ano também promete ser difícil, devido à crise moral, financeira e social que o país enfrenta. Tudo que acontece nos governos federal e estadual refletem no município. Acredita-se que é a maior crise que o Brasil passa nos últimos 35 anos.  Entendo se estou a frente da Administração da Cidade neste momento tão difícil devo honrá-lo com mais responsabilidade ainda. Tenho muita esperança em 2016 no sentido de ir atrás, de não desistir, de buscar a concretização de importantes projetos para o município. 6)  O que é administrar uma cidade que não tem recursos para investimentos e depende muitas vezes de verbas dos deputados para pequenas obras? A receita é muito menor que as necessidades do município, e muitas vezes falta até para o essencial. Fazemos prevalecer o interesse público, sempre. Fazemos projetos até para pequenos investimentos e incansavelmente buscamos nos governos, secretários, ministros, deputados. Cobramos também daqueles que tiveram votos em Mococa. Graças ao nosso empenho conquistamos emendas de parlamentares para serviços de infraestrutura – asfalto e pavimentação – no valor total de R$2,2milhões, além de iniciarmos as obras de um terminal de transporte coletivo, o primeiro na cidade. 7)  Nesses três anos de administração:  um feito que trouxe grande alegria e uma frustração?  Qual foi o problema mais difícil enfrentado? Alegria – concretização da Casa de Acolhimento de Barretos em parceria com a Associação São Francisco de Assis para atender as inúmeras pessoas que vão diariamente para tratamento de câncer. Era um sonho antigo da comunidade que foi realizado e está sendo muito bem utilizado pelos pacientes e acompanhantes. Também é motivo de grande alegria as reformas e ampliações nas escolas municipais. Já entregamos duas, a “Hermelinda” na COHAB II e a “Washington” na Vila Santa Rosa, e estamos finalizando as obras da “Alice”, na COHAB I. Eram escolas que há anos precisavam de reformas. Além é claro de todas as obras de ampliação que estamos promovendo na saúde pública do município. A maior frustação foi receber em 28 de fevereiro de 2013 uma multa milionária do INSS por conta de “verbas indenizatórias” informadas e não depositadas. Não dormi naquela noite. Li e reli inúmeras vezes, não conseguia acreditar que o Município estava com aquela enorme dívida e multa. No dia seguinte foi a inauguração oficial da Escola Sesi e com toda a transparência e sinceridade que me é singular deixei escapar do fundo do coração ¨como é difícil administrar o desconhecido, é como pegar uma folha em branco e amassá-la, ao abri-la a mesma continua amassada e cada reentrância representa “os buracos negros” da administração.” Foi muito duro! Porém, não esmoreci e nem me arrependi por nenhum momento! Me fez mais forte internamente e mais consciente que o trabalho tinha de ser muito mais árduo e que os obstáculos seriam maiores e mais difíceis e que eu tinha de estar “com a cabeça no lugar” para enfrentá-los. Procurei buscar, estudar e planejar cada detalhe do desconhecido. Graças à Deus tive apoio da comunidade e pude contar com assessores fiéis. 8)  Acha que sua administração priorizou o atendimento de Saúde? Nós traçamos duas grandes prioridades: Saúde e Educação. A cidade de Mococa é o município que mais investe em saúde na nossa região. Muito acima do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. A saúde é o nosso maior bem, porém é muito caro a manutenção. Por isso, corremos atrás de projetos e recursos juntos aos Governos. Conseguimos reformar e ampliar unidades de saúde e temos muito mais médicos trabalhando na rede pública do que há três. Para se ter uma ideia, de cada R$100,00 arrecado, R$40,00 são investidos em saúde. É claro que ainda temos muito a fazer, mas o avanço foi grandioso, basta compararmos com outras cidades. Fomos o único município da região a receber notas A (altamente efetiva) do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo pelos investimentos realizados em Saúde e Educação. Isso é motivo de muito orgulho para todos nós mocoquenses.  9) O que pode ser a sua marca na administração? Comprometimento com as boas causas, seriedade, ética, transparência, dedicação e muito trabalho. Na minha posse disse que do meu saudoso pai havia herdado a dedicação ao trabalho e que ele nos dizia que não existe meio honesto – ser honesto é obrigação! Também disse que da minha mãe herdei a solidariedade – estender as duas mãos ao outro. Continuo firme nos meus propósitos – são valores que levo para a vida toda. A política me ensinou que devemos continuar com as mesmas convicções e credo, para servir de exemplo as novas gerações. Sem dúvida, o nosso maior legado será a reforma ética e moral, capazes de fazer a diferença e melhorar a qualidade de vida das pessoas. 10)  Deu para melhorar que setores da administração? Principalmente o Departamento de Planejamento que assumiu importante papel na administração. De forma integrada, estamos consolidando uma nova política organizacional, contando com o apoio e colaboração de toda a equipe. É uma nova forma de gestão, respaldada em resultados e no compromisso com o erário público.  11) Que área que chamou mais a sua atenção quando assumiu o cargo? A área que mais chamou atenção foi o Administrativo, que deixava muito a desejar, inclusive em relação a processos e protocolos.  Vários questionamentos foram feitos: Como fazer para melhorar e agilizar o atendimento a comunidade?  Como fazer uma reforma administrativa sem recursos? Fizemos o que deu para ser feito, por exemplo, não houve desvio de função nesta gestão, o que provocava, em curto prazo, uma grande despesa proveniente de ações trabalhistas. Fizemos inúmeros estudos para realizarmos uma reforma administrativa, mas tudo esbarra na falta de recursos. 12) O que acha da burocracia:  a lei de licitação por exemplo? A burocracia no setor público é muito grande, assim como a responsabilidade fiscal. Procuramos agilizar os processos, sem ferir as leis. Também há subsídios para dentro da Lei de licitação fazermos boas compras ou até anular aquelas que vão contra o interesse público. Procuramos colocar e temos funcionários comprometidos que nos ajudam nesses processos. No último ano, para se ter uma idéia, economizamos mais de R$1milhão na revisão de contratos e novas licitações. 13)  Como vê a possibilidade de poder candidatar-se à reeleição?  Pensa em repetir a dobradinha com o PSDB?   É uma reflexão ainda para ser feita, pois dedicar-se ao trabalho público exige muito do nosso pessoal, particular. Mas, também gosto muito de servir a comunidade e temos muitos projetos em andamento. Além do companheirismo do vice Adilson Guisso, a dobradinha com o PSDB trouxe grandes contribuições para nossa administração como desenvolvimento social, procuradoria jurídica,  saúde, limpeza pública. Sempre fui e continuo fiel ao nosso grupo político que manteve o apoio a nossa administração, comungando dos mesmos ideais priorizando o público em detrimento do particular. A parceria com o governo do Estado também foi muito importante, onde sempre tivemos as portas abertas junto ao governador Geraldo Alckmin. 14)  Como vê a sua atuação política com a Câmara Municipal.  O fato de seu grupo não fazer a presidência da Câmara não foi falta de habilidade política na negociação com os vereadores? Logo após o pleito de 2012, abri as portas da minha casa para um jantar com os 15 vereadores eleitos. Na ocasião deixei claro que a disputa eleitoral já tinha ficado para trás e que a cidade precisava de união para atender aos interesses da comunidade. Respeito a independência dos poderes e jamais me interferi em qualquer assunto que fosse relacionado ao Legislativo. Sempre mantive o Gabinete aberto e estou sempre à disposição ao diálogo. Uma pena que, às vezes, os interesses pessoais se sobressaiam aos coletivos. Dedico-me ao trabalho e não ao poder. Todos os projetos que enviamos à Câmara foram para beneficiar a comunidade. Se alguns vereadores não entenderam dessa forma, não foi falta de diálogo. Uma pena, por exemplo, votarem contra a destinação de terrenos para implantação de empresas. Isso não depende de articulação política. Já no dia da posse percebi que ser Prefeito é difícil, mas ser Prefeita é muito mais difícil, e que o meu trabalho não seria nada fácil. Mas como escreveu Cora Coralina: “Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.” 15)  Qual a sua prioridade para fechar o último ano de sua administração? Manter a cidade bem cuidada. Implantar mais CIC (Centro Integrado de Convivência) pela cidade, para que a comunidade se beneficie de exercícios ao ar livre e ao mesmo tempo se integre com outras pessoas, pois saúde é o bem-estar físico, mental e social das pessoas.  Num momento difícil que passa nossa economia é preciso cuidar da mente e do corpo. Lutaremos com todas as forças para que os governos cumpram o que está comprometido, como por exemplo o governo federal na implantação do Instituto Federal e o governo estadual na construção de uma escola estadual na Mocoquinha. Possibilitar a geração de emprego e renda, e para isso estaremos encaminhando novamente à câmara importantes projetos nesse sentido, que tenho fé que serão acolhidos em benefício da comunidade que tanto necessita trabalhar. 16)  As dependências da antiga Escola SESI (Mocoquinha) foram cedidas ao governo federal para que ali fosse implantado o PRONATEC (curso profissionalizante do governo). Decorridos mais de dois anos, nada de escola. Vale lembrar que o prédio, as instalações, carteiras, etc, estavam em perfeitas condições de uso, quando foram entregues ao município. Bem diferente dos dias atuais, com prédio e carteiras deteriorados pela ação do tempo e de vandalismo.  Esta situação será resolvida em 2016? Como disse anteriormente, estou incansavelmente cobrando o Governo Federal para que cumpra o que se comprometeu com a cidade. Houve a portaria do MEC para a criação do CAMPUS do Instituto Federal, mas até agora não houve a efetivação da reitoria para consolidar a instituição de ensino.  Em 2013 e 2014 tiveram turmas de cursos profissionalizantes através do Instituto em salas cedidas pela Prefeitura e também por entidades. A Prefeitura não dispõe de recursos financeiros para a implantação de uma unidade de ensino naquele local. Foi por isso que corremos atrás para implantar lá uma instituição estadual ou federal. Conseguimos com o MEC a aprovação de criar o campus Mococa, e com isso vamos até o fim lutar para concretizar. Assim como cobraremos também do Governo do Estado a construção da Escola Estadual, onde já doamos, inclusive, o terreno. Com relação ao mobiliário, utilizamos tudo o que dava para ser utilizado. Felizmente nossas escolas possuem mobiliário novo, recém adquirido.  17)  O fato de na sua equipe não ter nenhum político com pretensão de concorrer à Prefeitura não sinaliza a sua candidatura natural à reeleição? Tenho um compromisso político em continuar trabalhando para nossa querida Mococa. Estarei à disposição do grupo e de outras pessoas que vierem a somar e que tenham os mesmos ideais na busca de priorizar o bem comum em detrimento do particular. 18)  Os políticos dizem que você se enfronha na administração e quer saber tudo com detalhe e esquece de fazer política.  Isso é temperamento ou é uma maneira de olhar para coisa pública com mais rigor e esquecer de qualquer promoção pessoal na condição de prefeita? Tenho aprendido muito, mas tenho muito a aprender ainda. Acredito que fazer política é estar de corpo e alma – estar por dentro do que for possível (o trabalho é muito extenso), estudar, planejar e estar junto aos setores. É a maneira de olhar para a coisa pública com muito rigor – priorizar o público em detrimento ao particular. A falta de recursos já é um grande empecilho, pois não conseguimos fazer tudo que gostaríamos e que a comunidade necessita! Neste caso, o bem público tem de ter prioridade, pois foi uma escolha – é assim que entendo e sei fazer política: servir a comunidade no sentido amplo, com trabalho, dedicação, com afinco, seriedade e dando o meu melhor, para dar bons exemplos.  Fizemos um informativo que foi divulgado no final do ano destacando as principais conquistas e benefícios à comunidade nesses três anos à frente da Prefeitura. Nesse material é possível ver o quanto avançamos. É claro que temos muito trabalho a ser realizado, mas as boas sementes foram plantadas e estão sendo germinadas. Logo, logo bons frutos serão colhidos.  Vivemos um novo paradigma na sociedade. A velha forma de fazer política ficou para trás. Temos a oportunidade de construir uma nova história para a nossa cidade, com transparência, ética e responsabilidade. Trabalharei até o último dia à frente da prefeitura com a mesma disposição e compromisso.  Autor: Imprensa

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