O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez palestra aos prefeitos, prefeitas e representantes de 213 municípios que participaram do Encontro Estadual realizado nesta quinta-feira, 13, no Centro de Eventos Taiwan, em Ribeirão Preto. A prefeita Maria Edna, acompanhada do vice prefeito Adilson Guisso e de assessores esteve presente a evento. De acordo com o ministro, a saúde é a maior demanda dos prefeitos brasileiros. Por isso é importante que todos conheçam o trabalho que o Governo Federal vem desenvolvendo para acolher de forma adequada seus usuários. Padilha lembrou que o Brasil é o único país do mundo a assumir o Sistema de Saúde universal para todos os cidadãos, o que o tornou recordista mundial em atendimento público e gratuito. Isso fez com que o Brasil se tornasse o país com a maior cobertura vacinal, sendo que 96% das doses são aplicadas pelo SUS que realiza 97% dos tratamentos de câncer. Segundo ele, o Sistema Único realiza 11 milhões de internações por ano e, nesses 25 anos de implantação, reduziu pela metade a mortalidade materna e infantil. “Nós atingimos metas estabelecidas pela ONU para 2015 com quatro anos de antecedência”, explicou. No entanto, ele ressaltou que novos problemas surgiram como o envelhecimento da população, a epidemia de acidentes de carro e moto, dependência química, entre outros. Por isso, o Ministério da Saúde tem investido em alguns mecanismos de avaliação e investimentos para ajudar os municípios na solução dos problemas. Avaliação – Alexandre Padilha citou a criação do ID SUS (Índice de Desempenho do Sistema Único da Saúde) que teve a finalidade de fazer uma radiografia do atendimento oferecido, comparando os municípios por grupos homogêneos. “Cada prefeito pode consultar a avaliação que foi feita de seu município e quais critérios foram avaliados. Assim ele pode saber onde e pode melhorar”, justificou. Outra medida adotada será através do FIES (Financiamento do Ensino Superior), onde o estudante de medicina poderá quitar sua dívida trabalhando na atenção básica. “Também vamos investir na abertura de novas vagas de residência médica. Iniciamos no ano passado, o Provab – Programa de Valorização Profissional da Atenção Básica, onde o médico acumula pontos para sua residência”, explicou. Outro ponto destacado pelo ministro foi o PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica) que avalia as unidades de saúde e aquelas que são bem avaliadas recebem adicional de custeio. Ele disse que o Ministério da Saúde também está investindo R$ 45 milhões por ano para a implantação do sistema banda larga nas unidades de saúde. A meta é que até 2014 a internet chegue a 100% das unidades. Além disso, foi desenvolvido um software, que está à disposição dos municípios, para controle de agenda médica, prontuário do paciente, estoque de medicamentos, entre outros. Também foram destinados recursos para construção, reforma e ampliação de unidades de saúde, investimentos nas UPAs (Unidades Pronto Atendimento), que realizam 2,7 milhões de atendimentos por mês, a centralização para compra de equipamentos, investimentos no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que reduziu o número de óbitos e cobre 79% dos municípios brasileiros. O Ministério também criou o Programa Melhor em Casa que leva o atendimento médico ao paciente em sua residência, onde fica sob os cuidados da família e não corre risco de sofrer infecções. “Todo município que contar com a retaguarda do SAMU poderá credenciar equipes neste programa e 90% do custeio é garantido pelo Ministério da Saúde”. Outros pontos abordados foram a Lei que obriga o início do tratamento ao paciente com câncer em até 60 dias após o diagnóstico, o reajuste da Tabela SUS para os hospitais filantrópicos como as Santas Casas, o credenciamento de novos serviços de radioterapia, a ampliação da oferta de cirurgias eletivas, a oferta de medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, que provocou a redução das internações. Autor: Imprensa
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