Startup gera óleos para alimentação e cosméticos a partir de resíduos de empresas

Cultura - Quinta-feira, 13 de Abril de 2023


Startup gera óleos para alimentação e cosméticos a partir de resíduos de empresas

A cientista mocoquense Nemailla Bonturi fundou a startup ÄIO na Estônia para transformar resíduos de empresas em óleos que podem ser utilizados para alimentação e cosméticos. A empresa tem como objetivo mudar a forma como produzimos e consumimos óleos.

Nemailla Bonturi iniciou sua pesquisa em 2012, enquanto fazia seu doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estudando como as leveduras poderiam transformar resíduos em óleos. Depois de passar por alguns países para estudar fungos, ela encontrou na Estônia a oportunidade de empreender.

A startup ÄIO é uma alternativa mais sustentável aos óleos animais e vegetais para a área alimentar, além de ser rica em ômega 3. A empresa utiliza resíduos da indústria agroindustrial como matéria-prima para a produção de seus óleos. Eles são produzidos em tanques de cerveja, sem impacto de desmatamento, sem uso de pesticidas e sem crueldade animal.

A ÄIO já tem parceiros, como a maior empresa de laticínios da Finlândia, o gurpo Valio, que fornece os resíduos de permeado de lactose para a startup, e outra empresa especializada em pallets para aquecimento, que fornece serragem convertida em suco para a produção de óleo. A startup também pretende utilizar resíduos de outras empresas na área de alimentos ou agroindustrial, e o seu sonho da fundadora é ter módulos dentro das companhias para transformar os resíduos em óleo e gordura e serem aproveitados pela própria empresa.

A startup ÄIO recebeu seu primeiro aporte de € 1 milhão, sendo € 675 mil provenientes de investidores convidados pelo centro de inovação da universidade onde a empresa está incubada e o restante conquistado por incentivos do governo estoniano. O valor investido foi utilizado para contratar mais funcionários, aumentando a equipe para sete colaboradores, e expandir a produção de óleo de levedura, que é rico em antioxidantes e carotenóides, podendo ser usado tanto no setor alimentício quanto no de cosméticos. A empresa já negocia com 30 empresas europeias em ambos os segmentos e planeja expandir para o Brasil. A fundadora Nemailla Bonturi afirmou que os estudos afirmaram que o produto é seguro e não possui nenhum gene que geraria algum mal ao ser humano.

A Prefeitura Municipal de Mococa parabeniza e deseja grande sucesso e conquistas para a cientista mocoquense Nemailla Bonturi, que é para a cidade um grande orgulho.

Mococa, cidade que valoriza o desenvolvimento sustentável. 

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Mococa